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A erva-mate, primeiro patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul, figura entre as 13 práticas tecnológicas consideradas potencialmente mitigadoras de emissões de gases de efeito estufa pelo Plano ABC+, do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Com o objetivo de medir os estoques de carbono e as emissões de gases de efeito estufa (GEE) durante o cultivo de erva-mate (Ilex paraguariensis), a Embrapa Florestas (PR) e a Fundação Solidaridad desenvolveram uma calculadora de carbono, a Carbon Matte. A tecnologia proporciona melhor compreensão sobre a relação entre a produção da erva-mate e a mitigação das emissões de GEE mediante o armazenamento de carbono.

Além disso, pode apoiar processos de certificação ou rotulagem de produtos ambientalmente sustentáveis, bem como mensurar ativos ambientais e contribuir para atingir as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 13) da Organização das Nações Unidas (ONU), relacionado à mudança global do clima.

Conforme o coordenador dos programas de Erva-Mate e Café da Fundação Solidaridad, Gabriel Dedini, a Carbon Matte ajuda a contabilizar os estoques de carbono e faz uma interface com as práticas de manejo que são adotadas pelo agricultor. “Então, a gente consegue fazer uma adequação de melhores práticas, olhando também para esse resultado do sequestro de carbono dentro dos sistemas de produção”, conclui.

A calculadora é composta por uma planilha eletrônica na qual são inseridos dados como produção de biomassa e as práticas silviculturais adotadas. Ela calcula emissões e remoções totais de carbono do sistema e as fontes de emissão de alguns dos principais gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4).

A ferramenta pode ser acessada de forma gratuita pelos produtores, por meio do site da Embrapa Florestas, e dá suporte para trabalhar junto com o plano ABC.

A erva-mate é uma das culturas agrícolas mais antigas do Estado, disseminada pelos guaranis. Atualmente o Rio Grande do Sul conta com cinco polos de produção da planta: Alto Taquari, Alto Uruguai, Região Nordeste, Região dos Vales e Missões. É uma cultura produzida em cerca de 200 municípios, com mais de 32 mil hectares cultivados e que movimenta pelo menos R$ 290 milhões da economia gaúcha.

Cátia Cylene, jornalista

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