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De um lado, cidades em que quase todos os moradores têm acesso a água potável e coleta de esgoto, além de baixo desperdício e altos níveis de investimento em obras de saneamento. Do outro, municípios em que metade da água tratada é perdida por conta de tubulações antigas e “gatos” e em que apenas três a cada dez moradores têm acesso a coleta de esgoto.

Essa desigualdade sanitária e social é um dos destaques de um estudo do Instituto Trata Brasil com a GO Associados, divulgado em março passado. Segundo informações do Ranking do Saneamento 2024, das 27 capitais brasileiras, somente nove possuem ao menos 99% de abastecimento total de água. Apesar da média do indicador seja de 95,68%, a situação no país é bastante heterogênea, uma vez que há capitais no Norte do país com indicadores próximos ou abaixo de 50%, como Macapá (AP) com 54,38%, Rio Branco (AC) com 53,50%, e Porto Velho (RO), com 41,79%.]

Infelizmente no Brasil, o acesso à água potável ainda não é uma realidade para muitos brasileiros e brasileiras. São mais de 32 milhões de habitantes que não têm acesso ao recurso hídrico. 

 

No ranking do Saneamento, o Rio Grande do Sul aparece com as cidades de Gravataí (13º) e Pelotas (17º) entre os 20 piores municípios brasileiros. E, infelizmente, nenhum município gaúcho está entre os 20 melhores do país.

O documento analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, que concentram aproximadamente 40% da população brasileira, e faz um ranking com base nos serviços oferecidos e em indicadores de eficiência. São considerados os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2021.

Destaques:

  • Acesso a água potável: Enquanto 99,7% da população das 20 melhores cidades têm acesso às redes de água potável, nos 20 piores municípios, o número é de 79,6% da população.
  • Acesso a coleta de esgoto: 97,7% da população nos 20 melhores municípios têm acesso aos serviços, enquanto somente 29,2% da população nos 20 piores municípios são atendidos.
  • Tratamento de esgoto: Enquanto o primeiro grupo tem, em média, 80,1% de cobertura de tratamento de esgoto, o grupo dos piores trata apenas 18,2% do esgoto produzido.
  • Perdas na distribuição: Entre as melhores cidades, 29,9% da água produzida é desperdiçada na distribuição por conta de tubulações antigas e “gatos”. Já entre as piores, o indicador chega a 51,3%.

Cátia Cylene,
com informações do G1 e Instituto Trata Brasil

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